Sinopse: Sim! O título é grande assim mesmo! E ainda tem muito mais mentiras na peça: “Aqui se faz aqui se paga!”; “Tamanho não é documento”; “... só na portinha”, “Este ano vou caminhar e parar de beber, de fumar e até de comer porcaria!”; Tem MENTIRAS de políticos, ou melhor, “Promessas de políticos!”. E até MENTIRAS, ou melhor, novamente, Promessas de casais: ”Até que a morte nos separe”... A peça conta a história de um homem que, vestido de pijama, desperta de um sono, no palco, sob os aplausos da plateia. Assustado por não se lembrar de como foi parar ali e até mesmo pela dúvida se a situação é mesmo real ou imaginária, chega a cogitar, inclusive, que pode estar com o “Alzheimer”, visto que a primeira coisa que faz é proferir dezenas de “elogios” à 3ª idade, “situação” etária em que tal demência costuma se manifestar e que de “melhor idade” não tem é nada! Aos poucos, quase que numa conversa íntima com a plateia, o personagem vai se abrindo num ritmo de apresentação de “stand up”, visto que é feito o uso de um repertório de palavras dignas de serem acompanhados por “pimenta na boca”, como nos tempos de sua Mãe, porém, amenizados e purificados pelo uso debochado teatral! Não demora e com o cotidiano em pauta, logo é improvisada uma espontânea discussão sobre as transformações do mundo, da sociedade e da própria vida do personagem e, consequentemente, as causas e as consequências resultantes por tantos embates entre passado, presente e futuro! E por mais trágica que possa ser tais transformações, sua essência é uma grande comédia ou, no mínimo, o seu resultado final! As cenas narradas e interpretadas no palco têm como referência de passado, as experiências vividas ou testemunhadas no final dos anos 70, até o início dos anos 90, atravessando no embalo total dos anos 80, onde são destacadas as aventuras sexuais, a criatividade artística, a liberdade de expressão, e principalmente a capacidade de “viver a vida” intensamente, até chegar ao mundo de hoje, com as desventuras médicas, com as decepções políticas e ainda procurando entender todas as transformações tecnológicas e as próprias expectativas finais, diante do curto prazo de tempo que resta, não só para se adaptar, como para se inserir no mundo “internet”, com todos os seus aplicativos e plataformas, com todas as suas pautas, cancelamentos e modismos. Não à toa é Indicada para maiores de 30 anos, por acreditar que, no mínimo, são pessoas que nasceram de pais que viveram ou vivenciaram esses “anos dourados” e de quem escutaram muitas histórias boas sobre essa época. Independente de suas idades, as pessoas se divertirão com a peça pela comédia pura e simples que é: erguida sob as bases de uma dramaturgia teatral sólida, bem como também pela encenação criativa e dinâmica. São histórias afetivas cotidianas de: relacionamentos em família; de vivências profissionais variadas; de idas e vindas a dezenas de médicos especialistas e com dezenas de exames variados debaixo do braço e até mesmo de consultas marcadas com o “Dr. Google”; de idas e vindas a analistas, psicanalistas, e estádios para se livrarem de mágoas e frustações; de cenas bisonhas vividas entre amigos em bares e velórios para afogar suas dores; de relacionamentos sexuais físicos e mentais que experimentaram desde o “Kama sutra” até as chamadas revistas masculinas; de explosões sexuais produzidas incessantemente na internet; de contrastes promovidos nesse mundo de hoje onde remédios e academias de ginástica são oferecidos em prol da saúde física e que ao mesmo tempo se oferece também “celulares” que escrevem palavras e textos sozinhos para que não se precise mais gastar dedos e nem tempo e possam assim, as pessoas usarem a mente com outras coisas que, com certeza não será com livros, filmes, arte!
E tem até mesmo a história de um assassino que matou mais que John Wick! E que também é uma comédia! E tem as cabeças iluminadas hoje pela tal “inteligência artificial” que na peça, duvida-se da capacidade dela de entender o verdadeiro significado da “Luz no fim do túnel!”