Sinopse: No centro do palco, duas mulheres encarceradas, que discutem as próprias vidas e o sistema carcerário, emolduradas pelas canções de Chico Buarque de Holanda, o compositor brasileiro que mais exaltou as mulheres em suas canções. Uma é branca, frágil. A outra é negra, vaidosa e com experiência de vida, obtida no dia a dia das ruas. O que essas duas mulheres tem em comum? Primeiramente as duas estão privadas da liberdade. Segundo, as duas possuem nomes que remetem a títulos de canções de Chico Buarque de Holanda, compositor brasileiro que completou 80 anos este ano, considerados uma das colunas da Música Popular Brasileira. Não obstante, Chico é considerado o compositor que mais abusou da temática feminista e feminina em suas canções, em uma época de ditadura patriarcal, machista e elitista! Se Carolina e Beatriz estão presas, Chico Buarque ameniza as dores das duas mulheres com as suas canções. O roteiro traz algumas composições de expressão do compositor carioca, como “Acorda Amor”, ”Carolina”, ”Deus lhe Pague” e a própria ”Roda Viva”. Ao longo do espetáculo, Carolina ganha à simpatia de Beatriz, apesar das suas diferenças sociais, descobrindo dificuldades em comum nas histórias de vida de ambas. O texto de “Amanhã vai ser outro dia” é de Aline Castro, direção de Isabela Dias. Em cena a própria Aline, atriz, cantora e produtora musical soteropolitana, radicada em São Paulo há três anos. Contracenando com esta, a atriz, cantora e compositora Miranda Cãe. Na cela da delegacia, as duas personagens discutem histórias, vivem conflitos sociais e raciais. Por que as duas mulheres estão presas? Segredos da produção do espetáculo, que será revelado aos espectadores. Vamos descobrir?