Sinopse: Em "MOKO", os artistas convidam o público a embarcar em uma travessia pelo tempo e espaço, numa jornada física, emocional, espiritual e acrobática. Inspirado pelo cruzamento transatlântico dos espíritos "mokojumbies" e pela ancestralidade afroindígena, com dramaturgia organizada em torno do cosmograma bakongo, o espetáculo expressa, com delicadeza e subjetividade, a própria trajetória da companhia. Dirigido por Ronaldo Aguiar, "MOKO" faz do circo uma expressão de trânsitos, travessias e trajetórias humanas ao longo do mundo, da vida e da história. A cada passo — seja com o pé no chão, no vidro, na mão, na cabeça, no trupé ou na perna de pau — o espetáculo reverencia o passado, promovendo um caminhar consciente no presente. Guilherme Awazu e Rachel de Boa buscaram criar um espetáculo com foco nos dois principais eixos de pesquisa da trupe: perna de pau e portagem, mas com pouca cenografia. "A ideia é dar significado e contar algo através da perna de pau e das acrobacias", explica Guilherme. "Uma dramaturgia que transmite sensações e poéticas usando a perna de pau — nossa 'pernaturgia' — para transportar compreensões e estabelecer subjetividades através desse objeto ancestral", complementa Rachel. Para o músico Ivan Alves, responsável pela trilha sonora, a performance é uma fusão que remete às raízes africanas, incorporando cantos indígenas e ritmos do caboclinho pernambucano. "Buscamos um som que mesclasse referências e nos conectasse a essas culturas ancestrais".